segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Berlim!




Uau. Berlim foi uma mistura de emoções. Pra começar, o frio. O lugar mais frio que estive na vida. Voltei com os dedos sangrando de tão rachados de frio e com a sensação que Barcelona realmente é muito mais quente em muitos aspectos em comparação com a Europa do norte. Eu achava que ia encontrar uma metrópole um pouco mais frenética mas, talvez pelo inverno, não vi tanto movimento, a não ser pelas aglomerações nas feiras de natal. Passamos por umas 8 feirinhas com barracas de comidas típicas e vinho quente e artesanato. Uma grande quermesse.

Sábado de manhã: Paramos para tomar café no tradicional Einstein Kaffee perto de Postdamerplatz e fomos caminhando até Alexanderplatz mas parando nos lugares mais importantes, como Galeria Lafayette, Hackeschermarkt e Quartier 206.
Pela tarde, nos dividimos em grupos e cobrimos alguns bairros. Fiquei com a turma de Alexanderplatz, parte oriental de Berlim, e fizemos uma caminhada bem abrangente, passando por todas as feiras de Natal em todas as principais praças, ouvimos corais de velhinhos, predios sóbrios da época comunista mas também alguns mais medievais, em ruas apertadas. Muito grafitti na rua, isso me impressionou. Seguimos caminhando até a rua Rosa Luxemburgo que é linda, cheio de lugares interessantes, cinemas antigos, loja de vinis.
Pela noite, voltamos a andar por esses lados, mas com as luzes de natal, que fazem tudo mais bonito. Passamos pelo Café Zapata, na OranienburgerStrasse, e entramos numa galeria incrível chamada Kunsthaus Tacheles, que era uma loja de departamentos judia, que depois serviu pra propostas nazistas como prisão e agora abriga artistas que expõem e até vivem aí.

Esses lugares me impressionaram bastante, ainda mais com a história que carregam. E sim, Berlim carrega essa sobriedade toda, esse peso nas costas.

Domingo estavamos com tanto cansaço e frio que também nos dividimos e fui com mais duas meninas até uma das feiras de natal para tomar um vinho quente e ver luvas e gorros. Depois disso, nos metemos em metrôs e trens para chegar ao aeroporto. O transporte público de Berlim é um labirinto sem fim, ainda mais pra quem não entende nada da língua.

Balanço geral: Tenho que me abrigar melhor pra Londres em janeiro: o frio congela o cérebro, lentes de contato e as extremidades; Berlim é a Berlim dos filmes que vi, todas retrataram fielmente a cidade; não é uma cidade fácil para celíacos; e eu gostaria de voltar à cidade no verão, para, quem sabe poder olhar mais pro alto sem ter que andar curvada!




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