terça-feira, 21 de junho de 2011

"Passar de ano" e seguir em frente

Sábado passado apresentei meu trabalho final de curso para os professores. A tal fragrância da Hermès.
Cara, eu fiquei com as pernas bambas, achei que ia começar a fazer xixi na calça (desculpa a expressão, mas era realmente o que eu sentia), achei que ia pagar o maior mico.
Bom, foi que apresentei e aí rola aquele momento de esperar pelas críticas. Eu esperava coisas como "ah, o design tá incrível, óbvio que se trata de um profissional, mas a idéia, tsc. tsc". Claro, a ideia e o storytelling eram basicamente meus e eu já estava me pichando por dentro. Mas não. Os comentários foram muito mais positivos. Aliás, foram incríveis, variavam entre conciso, brilhante, bem feito, e por aí vai. Fiquei muito, mas muito feliz. Dar um desfecho quase perfeito para algo é muito satisfatório.
E daí eu pensei que tudo que termina, podia sempre terminar feliz, né? Ou com um final minimamente satisfatório. Namoros sem um machucar o outro, sem ódio, sem rancor. Demissões sem aquela coisa de "já vai tarde, leve suas coisas até amanhã ao meio-dia".

A verdade é que tenho tentado aplicar para quase todas as coisas as lições da Brené Brown e que vou de coração aberto, dando o meu melhor, pra tudo que eu fizer. Se deu certo, como o trabalho final, vou ser muito feliz. Se não der tão certo assim, se eu amar mais do que sou amada, se não me contratarem praquele trabalho superbacana, bem.... estarei sempre tentando. Um dia sou sim correspondida, um dia vai sair o trabalho dos meus sonhos. O segredo tá na paciência e na sabedoria de manter o peito aberto e cheio de amor, não de rancor. Eu tento me alegrar na experência de ter vivido isso ou aquilo. Foram momentos únicos que me enriqueceram. E não adianta ter saudade, ok? Saudade é bom, mas não pode guiar a sua vida nem suas escolhas. Geralmente temos saudade de tempos que já passaram e exatamente por serem passado, nunca existirá igual.

Eu lembro de um carnaval em Caxambu. Um dia, voltávamos pra casa metade do grupo e paramos em um bar pra comer uma canja (sim, é Minas Gerais, gente) e o barzinho tinha um cara tocando violão e cantando, no palco. Não lembro exatamente porquê, mas dois amigos subiram para cantar com ele, e uma dançava no palco. Eles fizeram a diversão da madrugada de um barzinho que estava aí pra servir canja e nós, sentados na mesa, ríamos da situação insólita de uma noite divertida de carnaval. Isso foi no primeiro dia. Nunca mais conseguimos encontrar aquele bar pra levar o resto da turma, por mais que tenhamos procurado muito. E se tivessemos encontrado, não ia ser tão divertido como foi daquela vez.

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