quinta-feira, 7 de julho de 2011

So long, farewell, auf wiedersehen, adieu!

Bom, minha gente. Pra quem me acompanhou até agora (meus amigos, basicamente), essa minha etapa de sabático terminou. Foram quase 9 meses de estudos, diversão, viagens, descoberta do frio intenso, do frio moderado, do calor intenso no Mediterrâneo e de uma lista interminável de coisas que vi aqui além das variações climáticas.

Agora vou partir pra próxima etapa. Pra quem pensava que era voltar pra São Paulo e alugar um apezinho na Pompeia, trabalhar em Pinheiros, beber uma birita na Vila Madalena, curtir um cineminha na Augusta.... well, não será desta vez. Não que eu não os ame a todos e não morra de saudades de passear pela Turiaçu em dia de chuva. Mas eu decidi ficar em Barcelona por pelo menos mais um ano. O tempo de fazer um mestrado em Marketing. Sim, os estudos continuam e a curiosidade só aumentou. Me encantou todo esse mundo da comunicação das marcas e agora, além de saber o que vem por aí, vou partir pros mecanismos todos, pra dentro da cabeça do cliente.

E aproveitando isso, vou passar o Movida BCN pra uma nova casa. A partir de hoje, estarei AQUI. Vou continuar falando do que vejo, por onde passo, mas com novos ares. Afinal, eu mudei um pouquinho. Agora, nove meses depois, eu entendo catalão, por exemplo. Ou eu falo um espanhol melhor. Ou talvez me aprimorei no portunhol! Ou quem sabe sei andar melhor de bicicleta. Sou garota de praia, também. Posso boiar no mediterrâneo, além do Atlântico Sul de sempre. E além do mais, sou uma coolhunter pós-graduada! Ãham, por essa vocês nem esperavam.

O que fica aqui é: valeu cada minuto, cada sofrimento, cada dia frio chorando na cama. Porque sempre vem algo muito legal depois. Se você me pergunta se vale a pena sair aí do conforto eu volto a dizer que sim. Mas também ficar no quentinho e no certo é gostoso, isso vai de cada um. O que eu procuro pode não ser o que você procura, não é? Tenho amigas indo pro segundo filho e minha mãe me olha e diz: veja só onde você podia estar.

Eu te digo, estou exatamente onde quero estar.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Discutindo o fracasso

Mais uma vez, graças à Gaia Prado, minha amiga, eterna companheira de apê e que sempre está em sintonia comigo nas coisas do mundo, encontrei vídeos interessantes que valem a pena espalhar por aí.

Dessa vez foi uma série de vídeos no VIMEO com as pessoas mais influentes do mundo da comunicação de hoje falando sobre o medo do fracasso. Então foram convidados o Milton Gleiser, Stefan Sagmeister (sempre ele), Paulo Coelho e muitos outros para falarem da sua ótica do que é fracasso e como eles fizeram para superar o medo de fracassar. Essa série é criação da Bergh's Exibition 2001, (que como a OFFF que aconteceu aqui em Barcelona), é uma conferência que reúne a maioria das cabeças pensantes e producentes para palestras e discussões sobre um tema específico.

Ouvir esses caras me ajuda muito. Pra começar, meus ídolos da vida: Milton Gleiser e Stefan Sagmeister. Fodões do design mas além de tudo, pessoas que expõem seu estilo de vida. Se não fosse pela conferência do Stefan no TED, eu provavelmente não estaria aqui. Eu me lancei numa vida oposta da que eu tinha porque um austríaco, designer e que curte tirar sabáticos para pensar melhor, me disse que era bacana. Eu me lancei sem medo de fracassar, afinal. E esse ano sabático foi sucesso total.

Agora que decidi não voltar, estou com uma dezena de projetos na cabeça que está na hora de botá-los em prática pra colher os frutos do que estudei, das tais sementes que plantei nesse inverno. E bora não sentir medo de fracassar, a fórmula tem que ser igual à anterior, é pra frente que se anda.

Vale a pena escutar esses caras, fuçar nessas páginas, pra injeção de ânimo, pra entender que todos esses caras são o que são porque se lançaram pro desconhecido algum dia.

domingo, 26 de junho de 2011

Sant Pol de Mar




Os imaginários têm dessas. Uma prainha de pedrinhas e não areia, com um mar de vários tons de azul, com água tão transparente que você pode ver tudo de cima e debaixo d'água. Ao redor, casas pintadas de branco, subindo por ruas apertadinhas de paralelepípedo. É assim que eu imaginava as cidades de praia do Mediterrâneo e foi assim que vi Sant Pol de Mar.

Já fui três vezes em diferentes épocas do ano. Fomos em março, em abril e agora em junho. Da primeira vez ainda fazia muito frio. Fomos à praia e não aguentamos o vento. Da segunda, já de biquini, mas sem coragem de entrar no mar. Ontem fomos de farofa, canga, biquini e tudo que tínhamos direito para passar o dia olhando pro oceano. E sempre terminamos o passeio com uma paella, afinal, o melhor lugar pra se comer marisco é à beira mar.

Pra chegar lá, imagine aquele passeio de trem ladeando a praia, e vem aquele momento em que só há rocas e parece que vamos cair do trilho prum mergulho. Descemos na estação já quase prontos, não precisa andar muito pra encontrar seu lugarzinho ao sol. Ou, do outro lado do trilho, a cidade oferece seus restaurantes e um passeio pelas ladeirinhas. E só a quarenta minutos de Barcelona sentido Mataró.

No verão, vale a pena sair um pouco de Barcelona, porque de verdade, a cidade não tem as praias mais bonitas e é meio pecado dizer que isso aqui ô ô é um pouquinho de mediterrâneo, iá iá. É gostoso, óbvio, estar lagartixando em suas praias. Mas pra admirar, hay que tomar un tren!